quarta-feira, 4 de maio de 2011

Versão turbo do Jetta vai para a pista de testes

Sedã responderá por apenas 30% das vendas do modelo, mas tem desempenho que empolga
Daniel Messeder // Fotos: Guilber Hidaka
Guilber Hidaka
Volkswagen Jetta TSI: versão turbinada tem quase a mesma aparência da aspirada, exceto pelas rodas de aro 17 polegadas
Olhando assim, por fotos, o Volkswagen Jetta Highline se confunde com a versão de entrada. Exceto pelas rodas aro 17 (opcionais no modelo mais barato) e pelo logotipo TSI na traseira, é praticamente o mesmo carro. Mas basta acelerar para sentir que esse Jetta não tem nada a ver com a versão equipada com o antigo motor 2.0 aspirado do Bora.
A troca é 8 ou 80: você leva um velho motor 2.0 8V de 120 cv ou um 2.0 16V turbo de 200 cv que já foi considerado “N” vezes o melhor do mundo nessa cilindrada. E a diferença é mesmo brutal, tanto no desempenho quanto no funcionamento. Enquanto o 8V é áspero e ruidoso, o 16V turbinado sobe de giro lisinho e fala bonito. O que mais impressiona, porém, é a puxada que esse Jetta dá quando enfiamos o pé no acelerador.
Guilber Hidaka
Desempenho da versão equipada com motor 2.0 turbo impressiona, fazendo 0 a 100 km/h em apenas 7 segundos
Isso é resultado da curva plana de torque, que oferece 28,5 kgfm de 1.700 até 5.000 rpm, ou seja, quase sempre. Para acompanhar, um câmbio que também é referência mundial: DSG de dupla embreagem e seis marchas, com borboletas para trocas manuais no volante. As mudanças são tão rápidas que, se você estiver dirigindo de forma suave, nem percebe. É o mesmo conjunto usado no Passat, no Audi A3, no TT...
Se alguém ainda não está convencido, vamos para a pista: 0 a 100 km/h em 7 s! (melhor até que os 7,3 s declarados pela VW). São intermináveis 5 s de vantagem para a versão aspirada, que também desaparece no retrovisor nas retomadas. Outra virtude do Jetta TSI surge nas curvas de alta, onde a suspensão multibraços na traseira garante maior precisão se comparada ao eixo de torção do modelo básico. Suspensão e direção são firmes, embora confortáveis no uso cotidiano. É o melhor que a categoria oferece em prazer ao dirigir.
Guilber Hidaka
Interior com bancos de couro, sistema de som com tela do tipo "touch screen" são itens que se destacam no Jetta TSI
Guilber Hidaka
Eis o motor 2.0 turbo que faz toda a diferença no Jetta
O dono de Jetta antigo, no entanto, vai reclamar ao entrar no novo. Sabe aquela sensação especial, de quem dirigia um Audi com o logotipo da VW? Acabou. A boa montagem permanece, só que a qualidade dos materiais caiu bastante. As portas trazem apenas uma pequena parte forrada e os plásticos em geral são rígidos e suscetíveis a riscos. É algo incompatível com a etiqueta de R$ 89.520 colada no vidro – sem contar o teto solar e o banco do motorista com ajustes elétricos (opcionais). Seis airbags, ESP e o rádio com tela touchscreen de 6,5 polegadas são itens de série.
Achou caro? Depende. Por essa grana, nada tem 200 cv e anda tanto quanto esse Jetta. Para quem está de olho nos últimos Civic Si chega a ser uma pechincha. 

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